20 de maio de 2010

Eu queria ter uma bomba ...

Argh!
Nem todas as mulheres de 27 alcançaram a sabedoria de JaJo. Uma pena!
Essa semana, uma produtora da RBS, que parecia ser profissional de ‘sucesso’, me disse que produz conteúdo para adolescentes como se fosse o irmão mais velho deles.
Eu bem que queria saber de onde é essa família, em que o irmão mais velho diz que bacana é se mostrar na coluna social, que a moda é aquela ali dos magros e que ter atitude é tentar se diferenciar [vestindo as mesmas roupitchas do colega, ouvindo o som comercial da MTV, e agindo como um rebelde sem causa – porque rebeldia é IN].
E a moça ainda se orgulha de ser, no auge dos seus 27, a mais velha da redação!#vergonhadaminhageração.
Ah não consegui ser platéia não, cumpri meu papel questionador e mandei ver:
- Tu não acha que tá reproduzindo uma sociedade passiva de forma que o adolescente continue falando de Fiuk em ano eleitoral (entre outras cositas mas)?
[e vejam só ...]
- A gente, na verdade, fala de política de forma que o jovem nem perceba que dizemos isso, caso contrário ele não lê e a gente não vende a revista.
Agora me digam vocês (porque ela já não saberia responder mais nada): o que esperar dessa juventude que tem um ‘irmão mais velho’ socialmente bitolado e que engana o mais novo pra tirar sua mesada?
Bah, foi aí que eu senti uma vontade enorme de cantar numa banda de rock, de ter minha própria revista, de produzir alguma coisa independente na televisão, enfim, de ter espaço pra berrar [em letras garrafais]:
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Hey cara!
Você não é o que você veste.
Você não é o som que ouve.
Você não é seus amigos, nem sua família.
Você não é a faculdade que cursa e nem os seriados que assiste.
Tudo isso faz parte de ti, mas não te define
[justamente porque são consumíveis por qualquer outro ser humano].
Você é naturalmente único e diferente do resto.
E você não precisa mostrar o tempo todo que tem atitude.
Banalizar a atitude é justamente não necessitar dela.
Atitude é idéia, quando se precisa de uma.
Atitude é transgressão, quando se sabe por que transgredir.
Toda vez que você luta pra se diferenciar, mais adota os signos do outro.
Por favor, não se preocupe tanto em construir-se como diferente.
Viva e deixe-se construir no teu próprio caminho.
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Era isso que eu queria cantar [mas não tenho banda e canto mal pra caramba].
Era isso que eu queria publicar [mas a Quase já afundou faz tempo].
Então resolvi publicizar por aqui mesmo [afinal o blog aceita qualquer desabafo!].

9 de maio de 2010

. da Auto-Ajuda .

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Foi quando eu parei de me queixar da solidão que ela se afastou de mim.
Porque a solidão é daquelas coisas que a gente inventa.
Falácia pura.
É o fantasma que a gente adora cultivar, pra depois se fazer de vítima.
[Êta humanidade safada!]
Como pode existir solidão quando 'cada um de nós é um universo'?
[E eu acredito em Raul toda vez que olho pra dentro].
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Eu sou um universo formado pelas escolhas que fiz, e nele não há espaço pra solidão, porque o que eu escolhi um dia [livro, música, pessoa e sentimento] não me deixa sozinha jamais.
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Ah, querido Jim, queria te contar que 'Revolution' já faz parte do meu universo.